CONTENTAMENTO
UM
SERMÃO DE CHARLES SPURGEON
Pregado na noite do
Sabbath em 25 de março de 1860, pelo Reverendo Charles Haddon Spurgeon na
Capela da Rua New Park, Southwark.Fonte: http://www.spurgeon.org/sermons/0320.htm Acesso em 29 dez. 2011.
Tradução: Caramuru Afonso Francisco (texto original em inglês)
“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp.4:11)
O apóstolo Paulo era um homem muito erudito, mas entre as suas várias aquisições de conhecimento, nenhuma teve maior importância que esta: a de ter aprendido a ser contente com o que tem. Tal aprendizado é muito melhor do que muito do que é adquirido nas escolas. O aprendizado das escolas pode nos fazer olhar cuidadosamente de volta para o passado, mas também frequentemente aqueles que selecionam as relíquias do passado com entusiasmo são descuidados a respeito do presente e negligenciam os deveres práticos da vida diária. Seu aprendizado pode abrir as línguas mortas para aqueles que nunca tirarão algum benefício delas. Muito melhor o aprendizado do apóstolo. Era algo de utilidade sempre presente e que é aproveitável da mesma maneira para todas as gerações, uma das mais raras, mas das mais desejáveis realizações. Ponho o mais antigo polemista e o mais instruído de nossos homens de Cambridge [1] num patamar mais baixo, comparado com este erudito apóstolo, pois este, certamente, é o mais alto grau em humanidades que um homem pode possivelmente obter, ter aprendido, seja em que estado estiver, a se contentar com o que tem. Vocês verão, ao mesmo tempo em que leem o texto, não superficialmente, que o contentamento em todos os estado não é uma natural propensão do homem. Ervas daninhas crescem rapidamente; cobiça, descontentamento e murmuração são tão naturais ao homem como os espinhos para o solo. Vocês não têm necessidade alguma de semear cardos nem espinhos, eles surgem naturalmente, porque são nativos à terra, sobre a qual persiste a maldição; também vocês não têm necessidade alguma de ensinar os homens a se queixarem, eles se queixam rapidamente o suficiente sem qualquer educação. Mas as preciosas coisas da terra precisam ser cultivadas. Se quisermos ter trigo, devemos arar e semear; se quisermos flores, deve haver o jardim e o cuidado do jardineiro. Ora, o contentamento é um das flores do céu e, se quisermos tê-lo, ele deve ser cultivado.
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