terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CHARLES SPURGEON




CONTENTAMENTO
UM SERMÃO DE CHARLES SPURGEON

Pregado na noite do Sabbath em 25 de março de 1860, pelo Reverendo Charles Haddon Spurgeon na Capela da Rua New Park, Southwark.
Fonte: http://www.spurgeon.org/sermons/0320.htm Acesso em 29 dez. 2011.
Tradução: Caramuru Afonso Francisco (texto original em inglês)
“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp.4:11)
            O apóstolo Paulo era um homem muito erudito, mas entre as suas várias aquisições de conhecimento, nenhuma teve maior importância que esta: a de ter aprendido a ser contente com o que tem. Tal aprendizado é muito melhor do que muito do que é adquirido nas escolas. O aprendizado das escolas pode nos fazer olhar cuidadosamente de volta para o passado, mas também frequentemente aqueles que selecionam as relíquias do passado com entusiasmo são descuidados a respeito do presente e negligenciam os deveres práticos da vida diária. Seu aprendizado pode abrir as línguas mortas para aqueles que nunca tirarão algum benefício delas. Muito melhor o aprendizado do apóstolo. Era algo de utilidade sempre presente e que é aproveitável da mesma maneira para todas as gerações, uma das mais raras, mas das mais desejáveis realizações. Ponho o mais antigo polemista e o mais instruído de nossos homens de Cambridge [1] num patamar mais baixo, comparado com este erudito apóstolo, pois este, certamente, é o mais alto grau em humanidades que um homem pode possivelmente obter, ter aprendido, seja em que estado estiver, a se contentar com o que tem. Vocês verão, ao mesmo tempo em que leem o texto, não superficialmente, que o contentamento em todos os estado não é uma natural propensão do homem. Ervas daninhas crescem rapidamente; cobiça, descontentamento e murmuração são tão naturais ao homem como os espinhos para o solo. Vocês não têm necessidade alguma de semear cardos nem espinhos, eles surgem naturalmente, porque são nativos à terra, sobre a qual persiste a maldição; também vocês não têm necessidade alguma de ensinar os homens a se queixarem, eles se queixam rapidamente o suficiente sem qualquer educação. Mas as preciosas coisas da terra precisam ser cultivadas. Se quisermos ter trigo, devemos arar e semear; se quisermos flores, deve haver o jardim e o cuidado do jardineiro. Ora, o contentamento é um das flores do céu e, se quisermos tê-lo, ele deve ser cultivado.

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